♪ Bela, bela bela...
a bela é iraquiana mas é da cor do Braaaaaaaaaasil ♫
Iraque, de todos os ritmos, de todas as cores, de todos os amores. Terra onde o petróleo é barato e a comida é cara, e hoje contaremos a história da bombástica de Basra.
Narriman, nossa heroína de hoje, é uma das inúmeras pessoas no Iraque que vive graças à pujante indústria petrolífera nacional! Ela é casada com o jovem Nagib, que conheceu ali mesmo, dentro da refinaria de petróleo em que trabalha. Por ser a mais bela de todas as poucas mulheres que trabalham na refinaria, Narriman sempre teve a inveja de todas elas, exceto de Ranya, sua melhor amiga.
Realmente tudo ia muito bem, até o dia em que o chefe da refinaria foi promovido, indo trabalhar nos Emirados Árabes Unidos. Quem ficou no lugar dele foi Aline, uma executiva muito bem-sucedida, vinda de uma filial da empresa no Kuwait. No passado, Aline e Narriman foram bastante amigas, no entanto, essa volta de Aline a Basra pode deixar alguns conceitos bastante controversos...
ALINE: … Quero que vocês saibam, que nossos desejos de aumento de produção e respeito ao funcionário, seguirão sendo os mesmos, indiferentemente de quem comande essa refinaria, seja esta pessoa homem ou mulher!
Enquanto Aline faz o discurso, todos os homens da refinaria ficam soltando baixinho um “gostosa”, “ô lá em casa”, “ai se eu te pego!”, “nessa farofa eu passava a linguiça fácil” e outras cantadas do tipo...
NARRIMAN: Credo! Por quê que esses homens estão desse jeito?
RANYA: Ai, amiga... é que eles tavam acostumados com seu Abdal, que era um velhoso bigodento. Agora que chegou essa Aline, eles estão em polvorosa, porque nunca receberam ordens de uma mulher bonita na vida!
NARRIMAN: AAAAAHHHH, graaaande coisa! Quê que essazinha aí tem de tão diferente assim. U_U
RANYA: Hahaha! Confessa, amiga! Você tá com ciúmes.
NARRIMAN: Ciúmes, eu!?!??! o_O
RANYA: É! CIÚMES! Todo mundo nessa refinaria sempre te achou a gostosona. Todos os homens dessa refinaria sempre te desejaram, e agora você tá vendo seu posto de gostosuda power ser tomado por essa Aline aí.
NARRIMAN: Ai, claro que não ¬¬'. E não é só isso... eu já conheço a Aline. Ela e eu somos amigas de infância. Brincamos muito de terrorista e ladrão quando éramos crianças, até que ela cresceu, estudou e foi pro Kuwait.
Aline continua fazendo pronunciamento. E os homens da refinaria continuam soltando um “gostosa”, “popozuda” de vez em quando... bem baixinho, claro, para que Aline não reconhecesse e demitisse...
NARRIMAN: Ai, isso já tá começando a ficar chato. ¬¬'
RANYA: Tô falando... ela tá abalando corações!
NARRIMAN: Mas ela é uma sem graça! Sem sal! Nem é tão bonita assim!!! ò_Ó
RANYA: Hahaha! Tá com inveja! Tá com inveja!
NARRIMAN: Que mané inveja o quê! ò_Ó.....
Ô NAGIIIIIIIIIIB!!! NAAAAGIIIIIIIIIIIIIIIIIIIBBBBBBBBBB!!!! Fala pra mim!!! Você achou essa sem graça dessa Aline tão bonita assim!? Achou que ela é tuuuuudo isso!??!?!? Hein!? Hein!? Hein!? Hein! RESPONDE COM S-I-N-C-E-R-I-D-A-D-E!!!!! ò.Ó
Nagib estava do lado de Narriman e Ranya, mas sequer as ouvia conversar até então. Ele só tinha olhos para apreciar a beleza de Aline.
NAGIB: Err....hhhhmmmmmmm... claro que não, amor! Você é a mais linda de todas! Aliás, a mais linda de toda a refinaria. Todos esses homens queriam casar contigo, mas só eu consegui e eles me invejam. Portanto, só tenho olhos pra você, viu! ;-)
NARRIMAN (fula da cara): VIU, RANYA!!!! Meu marido só tem olhos pra mim!!! Todo o resto é resto!!!! E eu não tenho ciúmes de umazinha qualquer de beleza mediana... U_U
RANYA (em pensamento): Até agorinha era amiga de infância, agora é umazinha qualquer....
RANYA (falando cinicamente): Tá certo, Narriman... realmente você não está com nenhuuuuuum ciúme. Estou convencida... rsrsrs
Alguns minutos depois...
ALINE: Não!!! Não pode ser? Narriman!?!?!?!
NARRIMAN: É... hihihi
ALINE: NARRIMAN!!!! MINHA GRANDE AMIGA!!!! QUANTO TEEEEEEEEEEMPOOOO!!!
NARRIMAN: Puxa vida! Que emoção!!! Achei que você não me reconheceria mais!! =')
ALINE: Como não reconheceria? Você era a minha melhor amiga!!! Brincávamos de terrorista e ladrão juntas! Brincávamos de caverninha, explode-esconde, bombinha de gude...
NARRIMAN: É verdade! Tivemos uma infância bem atípica para meninas como nós... bem, err... esse aqui é Nagib, meu marido... ele também trabalha aqui...
Aline muda rapidamente sua expressão facial ao ver Nagib. Fica tensa, e trata de ajeitar os seios dentro do paletó, e também arruma um pouco o véu, como se quisesse que um pouquinho mais do cabelo ficasse à mostra. Nagib, por sua vez, dá aquela murchada gostosa na barriga e a estufada padrão nos peitos...
ALINE: OOOOOOOOOI... é um P-R-A-Z-E-R te conhecer...
NAGIB: Ig-ig-igualmente...
ALINE: Agora, com licença. Tenho muito o que fazer. Cuidar dessa refinaria não é brinquedo não!
NARRIMAN (falando, desconfiada): Pois que você seja muito feliz aqui, viu! Longa vida a você nessa refinaria!
NARRIMAN (em pensamento): TOMARA QUE VOCÊ DESISTA LOGO DAQUI E VÁ EMBORA PRO KUWAIT, PRA CONCHINCHINA OU PRO RAIO QUE O PARTA!!! U_U
ALINE: Obrigada! Você é um amor, viu! Adorei te rever, A-M-I-G-A!!! Até a próxima...
Narriman segue controlando sua ira, e a refinaria volta ao seu funcionamento normal. Nove dias normais de trabalho se passam, e tudo segue em perfeita harmonia. Até que, depois do almoço, Ranya chega discretamente até Narriman, contando algo bastante desagradável...
RANYA: Narriman! Narriman! Eu tenho que te contar algo bastante desagradável.
NARRIMAN: Aiaiaiaiaiai!!!! Qual é a marmota da vez?
RANYA: É isso aqui...
Ranya entrega um bilhete a Narriman, onde se lê...:
CAMELÃO!! HOJE, FINALMENTE, PODEREMOS JANTAR JUNTINHOS. ESSA NOITE TEREI TEMPO, E SEREI SÓ SUA! TE ESPERO NO RESTAURANTE IRAQUIANÍSSIMO ÀS OITO DA NOITE. MAL POSSO ESPERAR PARA ME ENTREGAR A VOCÊ. MIL BEIJOS, ALINE.
NARRIMAN: Que patacoada é essa!?
RANYA: É um suposto bilhete da Aline pro seu marido...
NARRIMAN: PRO MEU MARIDO!!!!?!?!?!!?!?!?!?!!?!????!??? o_O
RANYA: É... um SUPOSTO bilhete! SUPOSTO! Tão falando por aí que eles vão se encontrar hoje de noite, pelas suas costas... mas não posso saber se é verdade...
NARRIMAN: Por Alá! Que absurdo!! Mas isso não vai ficar assim! Se essa fuleragem for verdade, vocês não perdem por esperar!
Acaba o expediente e Narriman vai, sozinha, para casa. Estranhando não ter encontrado o marido na hora de vir pra casa, nossa bela simplesmente vai até o sótão e coloca seu colete de dinamites. Todos os funcionários da refinaria recebem – sabe-se lá por que razão – treinamento com artefatos de fogo. Narriman, simplesmente, trouxe o 'material de estudo' pra casa e, depois de algum tempo, decidiu não devolver mais. E agora ela está se sentindo bastante motivada a usar seu poder de fogo.
Ao sair do sótão, no entanto, uma surpresa...
NARRIMAN: Ué... você em casa!?
NAGIB: Pois é! Eu te procurei tanto lá na refinaria, e não te achei. Aí resolvi vir direto pra casa mesmo...
NARRIMAN: Ah, sim... e... er... bem... você vai sair?
NAGIB: Eu!? Sair? Não. Por quê? Eu deveria?
NARRIMAN: Não... apenas fiquei curiosa. Talvez você fosse... bem... er... jantar fora, sabe?
NAGIB: Pode ser, onde vamos?
NARRIMAN: Você quer jantar fora comigo?! =)
NAGIB: É, pode ser... se bem que... ah, amor... tô tããããão cansado! Hoje o dia foi puxado!
NARRIMAN: TUDO BEM, FICA EM CASA MESMO!!! FAÇO UM JANTAR BEM GOSTOSO *_*
Narriman fica profundamente feliz em ver que seu marido, aparentemente, não tinha a menor intenção de sair. Portanto, ela teve a certeza de que aquele bilhete de Aline não era para seu marido, Nagib. “O bilhete nem tem nome de homem nenhum”, pensou Narriman consigo mesma.
Ela nunca cozinhou tão contente. Nunca ficou tão feliz de ver seu marido jantar. E, ao final do jantar, os dois foram dormir. Já eram dez da noite, e ele sequer havia dado uma 'saidinha suspeita'. O bilhete dizia que o jantar seria às oito, portanto, Narriman estava muito tranquila.
Os dois dormiram abraçadinhos.
São uma e quinze da manhã, no entanto, quando Narriman acorda assustada. Olha para o lado e não vê o marido. Procura-o na casa toda e não o encontra. Depois de procurá-lo em todos os lugares possíveis, um nome vem catastroficamente à sua mente: RESTAURANTE IRAQUIANÍSSIMO.
NARRIMAN: Ai, meu Deus! Não pode ser!!!!!
Narriman corre pelas ruas, locona de rivotril, rumo ao tal restaurante.
Ao chegar lá, BATATA! De longe ela vê seu marido Nagib, em uma mesa a luz de velas, segurando as mãos de Aline, enquanto um violino toca.
Fula da vida, Narriman decide correr lá dentro e dar um flagra...
NARRIMAN: MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA AQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!??!??! ò_Ó
ALINE: Calma, amiga! Eu posso explic...
BOOOOOOOOOOO
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Não percam o próximo episódio: “A Dinamítica de Karbala”.
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!!!ATENÇÃO!!!
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