O Clone do Clone

Vosmecês devem estar saturados de saber que a Rede Gigolobo vendeu a história de "O Clone" para uma emissora latina chamada Telemundo (ou pelo carinhoso apelido dado pelos seus opositores "Tele-Imundo").
"El Clon" não é apenas uma refilmagem, ou uma nova versão... é um nível acima na escala da vergonha alheia dramatúrgica.

E se vossa tão estimada pessoa é daqueles que desprezam novelas e enchem o cu de seriado americano de mutante-vampiro-alienígena-detive, assista à comparação abaixo e perceba como nem tudo está perdido em nossa dramaturgia brasileira, tupiniquim e nacional.

Primeira parte: A Jade brasileira (Giovanna Antonelli), dançando louquíssima de ódio na fuça do marido e pra mulher do hômi que ela gosta, já quase se separando do desinfeliz, e de uma maneira çemsoal e piriguete que é só pra ter o gostinho de ver a Maysa (Daniela Escobar) tendo inveja do seu jeito de sacudir o popozão. Giovanna dança com propriedade, honrando as milhares de horas de aula de dança que teve. Tem toda uma consciência de espaço, e vai invadindo a cena aos poucos, tirando as vestes de maneira gradual, ao som de uma música instrumental árabe legítima.

Segunda parte: A Jade mexicana (Sandra Echeverría), já chega chegando, sem véu, sem fazer nenhuma expectativa. Em 2 segundos já tá no meio da sala numa entrada bem "alô criançada, o Bozo chegou". Dançando, na verdade, uma espécie de mistura de kuduro com Waka Waka, ficando de mãos levantadas paradas feito um 2 de paus. A cara do maridão tá mais pra constrangido do que pra qualquer outra coisa. Fora que ela claramente tenta dar um "chão-chão-chão-até-o-chão" em cima do sofá (!!!) em 4:03, e quando levanta, parece que engoliu um pirocoptero. Tudo isso ao som de uns atabaques que ficariam maravilhosos numa incorporação do terreiro da Mamãe Equê de A Barregã - mas não numa novela sobre árabes.

Eu sei o que vosmecê deve estar pensando, Sandra...


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"Na minha idade só rola 'velhela' meu filho"
Palmilhinha, apresentadora culinariante de tênis